Romper Perante o “Ruído” de Comunicação comunicação
Estou a tomar um café Nespresso enquanto a minha aplicação de email descarrega as mensagens de mais de 15 contas distintas. Sei que não é normal ter 15 contas a descarregar numa aplicação de email, mas também não é tão incomum que uma pessoa tenha mais que uma conta. Pelas mais variadas razões a média é ter até 3 contas de email que utilizamos para diversos fins. E ao longo dos anos tendemos a criar endereços distintos porque “crescemos” enquanto indivíduos ou simplesmente porque o “skywalker356@hotmail.com” (juro que é inventado) não é profissional o suficiente para colocar no CV.
Portanto, não contando com as contas “extra” que uma pessoa possa ter numa das contas apenas não é incomum, ao fim de uns meses, que nos caiam para cima de 20 mensagens por dia. Pelo menos. Mais uma vez no meu caso é ainda mais distinto. O “normal” é receber entre 600 a 900 emails por dia. A maioria nem é SPAM. São mensagens às quais me subscrevi ou então mensagens profissionais de clientes, colaboradores ou parceiros. Ao longo dos anos consegui ter sistemas que me permitem digerir todas estas mensagens e limpar a minha inbox de uma forma relativamente rápida para um volume desta dimensão.
O que eu quero demonstrar com isto é que um utilizador comum está já bastante contaminado por um desejo intrínseco de ler em diagonal as mensagens que lhe interessam e apagar ou considerar SPAM todas as que não reconhecer a proveniência ou não lhe forem particularmente relevantes. – Wow, como consegui escrever a frase anterior sem nenhuma pontuação? – Tenho que melhorar a minha escrita o mais rapidamente possível para a sanidade de qualquer um que leia estes artigos. 😛
Repare-se que estou a falar de um meio de comunicação absolutamente pessoal e não público que é um endereço de email. Quando se trata de navegar por variados sites, assim como o habitual marasmo de perder umas horas em redes sociais, menos pessoal e menos reativo se torna o nosso target.
Então como se Rompe o “Ruído”?
Aqui apenas temos que pensar em nós próprios enquanto consumidores de informação. O que é que nos faz parar e dar uma oportunidade a determinada mensagem?
Primeiro porque vem de determinada fonte credível e que nos merece uma atenção especial. Ou seja, a reputação que essa fonte tem perante nós.
Segundo, se o subject line tem realmente alguma relevância com o que normalmente estamos interessados em saber/ler.
Terceiro, a primeira linha de texto (que por esta altura já devia saber que não deverá ser o célebre “Se não consegue ver este email clique aqui”) é a segunda parte mais importante da mensagem porque ilustra o acompanhamento do subject-line. Dá-lhe uma continuidade.
Quarto, o Headline em conjunto com o Call-to-Action. Em resumo, aqui temos uma ideia clara se vale a pena ler o resto do email ou se mantém a relevância. Isto obviamente prende-se mais com emails comerciais. Emails provenientes de fontes de inspiração ou de informação tal como as newsletters de profissionais em determinadas áreas, tendem a ter menos headlines e mais uma prosa que vai progredindo de intensidade à medida que vamos lendo. O efeito é o mesmo.
Quinto, providenciar o que foi prometido no subject-line e nos headlines. Se a pessoa se sentir defraudada porque entendeu uma coisa e depois recebeu outra será altamente lesivo para as próximas mensagens que se enviar.
Sexto, Valor! Se o objetivo for providenciar cada vez mais valor ao subscritor a cada mensagem enviada, então está-se no caminho para o sucesso. A ideia é criar uma cadência cada vez maior de valor pensando precisamente no subscritor e não no que é importante para a marca.
Espero que tenha contribuido para tornar a comunicação mais interessante. Seguindo apenas estas indicações, estou certo que mais cedo ou mais tarde irá elevar o resultados.