Nova Timeline do Facebook: Porque te Deve Importar? comunicação
Esta semana tivemos uma novidade que veio ter um impacto considerável na forma como poderemos considerar o status quo do grafo online das nossas actividades e na interação que teremos com as marcas daqui em diante.
Claro que estou a falar do novo interface do Facebook apresentado pelo próprio Zuckerberg. Mas se fosse apenas novo design e interface seria muito monótono. A questão é por demais importante para deixar passar em claro. E no que concerne este blog, prende-se com previsões e tendências para as marcas estarem em foco com o seu público-alvo.
O que Implica o Novo Interface do Facebook para as Marcas?
Ficou claro na demonstração da nova Timeline do Facebook que se dá uma primazia considerável à imagem e aos conteúdos gráficos em detrimento dos regulares status updates. Algo que vem um pouco contra o que tinha sido registado ultimamente em como os status updates curtos e em texto estavam a ter maior impacto e engagement que propriamente o fluxo interminável de fotos e gráficos.
Mas mais importante ainda, o estilo apresentado neste novo interface é significativamente similar ao formato do Google+, o seu mais forte concorrente e que tinha vindo a ganhar adeptos, mesmo que de forma “forçada” pela utilização da miríade de serviços do gigante norte-americano.
Concretamente, tanto a vertente desktop como mobile é uma “colagem” do que já estava a ser um sucesso apresentado pelo Google e por alguns concorrentes de social frame tal como o Tumblr ou o renovado Instagram (entretanto adquirido pelo Facebook).
Mudança Arriscada mas Necessária
Esta mudança radical de formato poderá ser uma jogada tremendamente arriscada e o bom senso diria para que não se mexesse num “formato vencedor” e que granjeou ser a maior rede social do mundo. No entanto, o Facebook nasceu numa era de conhecimento. Conhecimento exposto por diversos líderes mundiais em que são unânimes em dizer que estagnação e jogar pelo seguro pode ser mais arriscado que ser irreverente e manter aquele espírito inovador e diferenciador num mercado altamente competitivo.
Foi o que o Facebook fez numa altura em que estava a ser “atacado” por todos os lados. Desde a vertente de investimento que tem sido afetado pela sua performance em bolsa, assim como pelas críticas dos anunciantes que reclamam cada vez mais pelos dados incongruentes entre a exposição que pretendem ter na rede, até mesmo pelas tendências e sondagens que demonstra que os mais jovens começam a estar “aborrecidos” da rede, optando por outros formatos.
Portanto, esta mudança veio na altura certa para manter a inovação, irreverência e a liderança, indo buscar o que de melhor se faz na concorrência, para um interface líder no seu setor.
E Fora do Ambiente Facebook?
Dependendo da estratégia adotada para chegares aos teus potenciais clientes, o Facebook será apenas uma das muitas. Então, como esta mudança poderá influir no que se efetua fora desta rede?
O impacto é considerável, acredita!
Aproveitando-se do esgotamento da novidade da rede perante os seus utilizadores, outros concorrentes como o Twitter, Google+, Tumblr, Pinterest, Foursquare, Path e muitos outros estavam a efetuar mudanças significativas que estavam a ganhar muito terreno em angariação de novos utilizadores e até em termos de diferente utilização. Mesmo assim, longe da projeção do líder, em muitos casos compensava pela menor concorrência e ausência de ruído por ser mais dirigido e em muitos casos de nicho.
Com esta mudança, este crescimento volta a sofrer um revés porque poderá em muitos casos travar alguma mudança de comportamento dos utilizadores que estariam em fase de transição e mantê-los pelo menos na fase de novidade e de teste do novo sistema.
O que o Futuro nos Reserva?
Para já, continua a ser o sistema em que invariavelmente e dependendo da nossa estratégia de utilização de branding e marketing se mantém líder inquestionável. Portanto, não devemos mudar já de foco enquanto estas novas mudanças se afigurem ou não vencedoras. Por outro lado, devemos considerar todas as restantes redes como “braços” da nossa estratégia de marketing para que certos nichos não escapem do nosso tentáculo de comunicação.
Não se prevê que o status quo mude nos próximos meses, portanto devemos aprender com os novos formatos a melhor forma de obter o impacto esperado sem descurar o pack de mix de meios disponíveis online.