MySpace vendeu-se ao inimigo? comunicação
Foi com alguma surpresa que há uns dias, recebi um email de uma conta do MySpace que eu já não visitava há anos, a convidar-me para sincronizar os dados que tinha no MySpace com os do Facebook e vice-versa. Convenhamos que fiquei perplexo. Porque me pareceu que foi o último grito de rendição da rede social que há uns anos consideravam imbatível e que fez rolar milhões de dólares entre grupos de media.
Se bem te recordas, o MySpace era aquela rede social que todos diziam que não podia ser destronada. Mais ou menos o que referem do Facebook neste momento. O mesmo referem do YouTube enquanto rede de partilha de vídeos ou do Google enquanto ferramenta de pesquisa.
A Guerra dos Tronos
Nem de propósito está a ser lançada uma série televisiva com mega-produção denominada “Game of Thrones” que por acaso serei fã absoluto quando estrear no mercado Português (para quando??), pois estou a ler os livros originais já há alguns anos. Isto vem a propósito do que estamos perante nestes tempos de mudanças drásticas e de conquistas cibernéticas.
Basta ver algumas sequelas de empresas que vieram “beliscar” o status quo dos gigantes digitais.
Google Search – O Bing da Microsoft é cada vez mais elogiado, sendo que alguns sistemas como o Greplin ou mesmo o Wolfram são alternativas segundo alguns segmentos. Mas pior que a concorrência directa é que cada vez mais, as pessoas tendem a que os produtos e serviços venham até elas mediante interesses e gostos, filtros e personalização (através de redes sociais e não só), do que propriamente as procuram.
YouTube – Até há alguns anos, era líder imbatível, senão que hoje em dia vários formatos distintos estão a ganhar terreno, especialmente pelos formatos mais enriquecedores e pela qualidade dos conteúdos, tais como o Vimeo, entre outros.
Imprensa na Web – Estamos a falar de NYTimes, FinancialTimes, TheGuardian, entre outros. Na verdade, os pesos pesados dos media tradicionais que tinham os seus perfis de informação na web e que lentamente começaram a ser ameaçados por blogs e sites de nicho feitos por pessoas interessadas nesses assuntos, sem serem efectivamente jornalistas qualificados. Por exemplo, o Huffington Post, o TechCrunch (estes ambos comprados pela AOL), Mashable, TheNextWeb, só para nomear alguns que leio regularmente.
MySpace – Era o rei incontestável enquanto rede social, até que surgiu o Facebook que sempre foi minimizando enquanto alvo de relevância, até que “passou por ele” numa ultrapassagem limpa e sem mácula deixando-o para trás com bastante números de utilizadores de diferença. Mesmo o Facebook não pode ficar a descansar sobre os louros porque já existem outras alternativas em opções distintas que podem ameaçar o seu domínio actual.
O que nos dizem estas lições em Tempo Real?
Que nada nem ninguém é imbatível se tiver uma forma original de produzir respostas às questões e facilitar soluções para as nossas necessidades. Quando isso sucede, cria-se momentum e desde logo, oportunidade para ter o nosso próprio espaço, vingando num território dominado por gigantes.
Por isso é que este exemplo do MySpace tanto pode ser um golpe de génio como um simples assinar de rendição.
Qual a tua percepção? Tens uma ideia da Estratégia por trás desta iniciativa?