A Importância do Copy em qualquer Plataforma comunicação

Foto gentilmente cedida por Ramunas Geciauskas

Já é sabida aquela célebre história de um cego que tinha um cartaz com a frase “Por favor, ajude-me, sou cego!”, um publicitário quando o viu assim tão infeliz pelas misérias que ia recebendo, reflectiu e escreveu algo diferente no cartão indo-se embora pouco depois, deixando o pobre cego com muito mais pessoas a aderirem ao seu pedido de ajuda. Na verdade tinha escrito a mesma coisa mas por outras palavras: “Hoje é Primavera, e eu… não posso vê-la!”.
Existem várias versões, mas a ideia está clara. O que quero reforçar é que tudo depende da forma como devemos comunicar para que tenha maior ou menor efectividade.

O que é que mudou na forma como estava a frase escrita anteriormente e como ficou depois alterada? Principalmente cinco coisas:

Conhecer o Público-Alvo

Ao conheceres a tua audiência saberás igualmente os temas que importam, qual o tipo de sentimentos, emoções e reacções que esse público irá tomar mediante alguns triggers (frases que sabe que irão acarretar uma reacção).

É de suma importância saberes para quem estás a dirigir a tua acção. Não digo que seja algo perfeitamente adaptado ao José ou à Maria, apesar de hoje em dia já haver ferramentas de email marketing que conseguem customizar a tua comunicação dessa forma. O que reflicto que é importante é que saibas o que faz o José e a Maria considerarem o teu produto relevante de modo a o comprarem.

Sabendo isso, sabes como comunicar com os mesmos, utilizando a conjugação mais acertada.

Ser Claro e Sucinto

A clareza da tua comunicação é uma prioridade, assim como ser sucinto nas construção das frases do teu produto.
É preferível ser sucinto que extensivo na entrega de informação porque há que entender que as pessoas hoje em dia não conseguem ter a disponibilidade para ler todo um texto exaustivo que não seja absolutamente do seu interesse. Não digo que o teu produto ou serviço não seja do seu interesse, mas convenhamos, poucos serão os que estão realmente interessados em ler todo o manual do mesmo.

Capacidade de Storytelling

Se estiveres a embuir o teu potencial cliente num ambiente envolvente com conteúdo claro e que aporta muito mais que uma descrição do teu produto, na verdade uma redacção com início, meio e fim, será como uma história. E serás tu o contador dessa história que esperemos que tenha um final feliz.

Ter Previamente Objectivo(s) para a Acção

Vamos ser muito práticos. De que vale, ter criado uma história envolvente, teres-te dado ao trabalho de estudar o público-alvo e ter trabalhado nessa mensagem se depois não os conduzes para o objectivo da acção? Se desde o início tens bem presente sobre qual o objectivo primordial, sabes igualmente como os levar até lá.

Repare-se que com isso não quer dizer que não possas criar formas de ter dois objectivos, um mais relevante que outro, para uma mesma acção. Por exemplo, que se registem na tua newsletter e posteriormente que passem a palavra através de um formulário viral.

Ser Transversal

Cada meio tem as suas características próprias e como tal, deve ser pensado na altura da elaboração desse conteúdo. Por exemplo, no Twitter temos apenas 140 caracteres de dimensão onde normalmente ainda temos de pensar que tem de incluir um link. Também é certo que há certas formas de no Twitter lograr maior interacção em termos da forma como elaboramos essa mensagem.
No Facebook também a técnica terá que ser outra, se utilizares o email marketing, igualmente o subject da mensagem tem que ser pensado para tal.

Mas não haja enganos. O conteúdo deve ser transversal a qualquer plataforma na sua essência. Há pequenos pormenores que podem fazer a diferença mas o foco central terá que manter a sua consistência sob pena de ficar com uma dispersão e certamente confusão criada no seu target.

Foi desta forma que o publicitário que por ventura parece teve uma atitude de louvar, conseguiu perceber quem o cego pretendia “tocar”, foi claro, foi sucinto na frase para ser rapidamente lida, no fundo contextualizou as pessoas e no fundo introduziu o conceito storytelling na mesma frase, manteve os objectivos da acção e foi transversal na forma como poderia ser aplicado, consoante fosse o local onde o cego poderia se deslocar.
Perfeito!

Já agora, resta dizer que o cego, pelo menos na história acima, teve mais sucesso nos seus pedidos e obteve maior rendimento. No entanto, a solução passaria por nem sequer estar a pedir, mas sim ter os meios de subsistência inerentes a qualquer ser humano. Ajudado por instituições, mas também por apoios à sua própria auto-subsistência.

Tens alguma sugestão para adicionar a estas apontadas?

Tags: