O Que Pode Ser Pior Que Marcarem A Tua Mensagem Como SPAM? comunicação

 

Já deixei oficialmente de contar todas as vezes que me perguntam se vale a pena enviar uma campanha de email marketing para uma base de dados que compraram por uns poucos euros.
Primeiro, porque deixei de o fazer quando sucedeu por volta da 1873 vez (ou seria 2345??), Segundo porque de todas as vezes que eu respondia manifestando que há que prezar a permissão da pessoa para receber informação do emissor e assim não ser alvo de acusações de SPAM (termo utilizado para quem envia mensagens electrónicas sem a prévia autorização do receptor), a pessoa invariavelmente dizia que como não custava quase nada, valia a pena testar. Ou seja, o que eu respondia não fazia diferença porque fariam na mesma.

Ora, se é assim, nada posso fazer. Cada um é livre de fazer o que acha mais conveniente para a sua marca e a sua empresa.

Fui Marcado Como Spammer… e Depois??

Infelizmente, esta é a expressão que muitos empresários ou directores de comunicação das respectivas marcas pronunciam face ao potencial de retorno do meio. As contas são muito simples e posso faze-las rapidamente.

  1. O custo de aquisição destas listas, ou aluguer das mesmas através de empresas que as disponibilizam por poucas dezenas ou centenas de euro é demasiado baixo e fácil. Existem no mercado, alugueres de base de dados de vários milhares ou milhões de endereços por pouco mais de 30 ou 40 Euros.
  2. Os softwares de envio de emailings também se tornaram por demais banalizados e qualquer pessoa hoje em dia por poucas centenas de euros e com uma pesquisa online, consegue aceder rapidamente a um sistema que lhe permita enviar emails massivos.
  3. O perigo de que os ISP’s (Internet Service Providers) pudessem bloquear os domínios ou IP’s dos domínios emissores destes envios massivos foi quase anulado, porque os sistemas de envio via web ou softwares de cada servidor foram criando regras de utilização de vários IP’s para evitar esse bloqueio.
  4. Logo, o custo por aquisição, apesar de enfadar muitas pessoas e no fundo prejudicar a imagem da marca ERA ainda muito rentável no curto prazo.

Peço que se tenha atenção à minha última frase: “… o custo por aquisição, apesar de enfadar muitas pessoas e no fundo prejudicar a imagem da marca ERA ainda muito rentável no curto prazo.”

O tempo verbal é importante: ERA.

Ups, Fui Apanhado a Fazer SPAM

E agora? O que mudou?

O que mudou, foi que os utilizadores mudaram, a tecnologia mudou, os ISP’s mudaram as suas formas de tracking e acima de tudo a penalização dos infractores passou a ser feita não apenas pelos ISP’s como também e especialmente pelas empresas que no fundo definem se o teu site aparece ou não para a vasta maioria das pessoas.

Confuso? Eu vou tentar explicar.

Anteriormente, um nome de domínio que estava ligado a um determinado IP e os ISP’s recebiam taxas anormais de envios de emailing, ou recebiam alertas de SPAM que acusavam esse IP, entrava numa lista negra e bloqueavam mais envios do mesmo.

Simplesmente é como se fechassem as portas do seu canal e ficávamos proibidos de entrar nesse reino dourado.

Para piorar a situação, os ISP’s, os provedores de sistemas de email como o GMail, o Sapo ou o Hotmail compartilhavam essas informações, para se protegerem mutuamente e acima de tudo tentarem travar a proliferação desse tipo de actividade. Criaram-se organizações, profissionais ou meramente associativas com intuito de registar os Spammers e definirem listas das quais os provedores se “alimentavam” para simplesmente bloquearem o acesso das suas infra-estruturas.

Isto parece que seria “remédio santo”, mas mesmo assim não funcionava a 100% porque houve sempre subterfúgios a que se recorreu para continuar a enviar SPAM.

Então o que é que mudou nesta guerra de forças? Irei explicar no próximo artigo e não demorará muito. Sai amanhã para não saturar! 🙂

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