Mas A Lei Diz Que Eu Não Faço SPAM email marketing

Continuação dos Artigos “O Que Pode Ser Pior Que Marcarem A Tua Mensagem Como SPAM?” e “Quem Faz SPAM“.

Segundo a lei portuguesa de comunicações electrónicas, que está a ser aproveitada por diversas entidades para se “vestirem” da luz divina de santidade, desde que os endereços electrónicos estejam disponíveis publicamente (por exemplo em fóruns e outros sítios web), podem ser utilizados para comunicação desde que exista uma forma de anular a subscrição. No que diz respeito a emails empresariais ou relativos a empresas, comerciais, etc, ainda é mais aberta e pode mesmo ser efectuado sem necessidade de qualquer consentimento. A única salvaguarda das pessoas é estarem inscritas na listagem pública de NÃO QUERO RECEBER PUBLICIDADE, providenciada pelo Estado Português. Mas isso levanta uma série de questões também não completamente esclarecidas. A principal é que quase ninguém tem conhecimento de que existe, logo não a utiliza.

O problema para quem acha que está “safo” é que para as entidades internacionais envolvidas, como as associações internacionais de listagem de SPAM (à qual a maioria das entidades – empresariais e outras – vão refrescar as suas listas de bloqueio), não querem nem saber se é legal ou não em Portugal faze-lo. As consequências vão ser exactamente as mesmas, porque se assume internacionalmente que as pessoas têm que previamente autorizar através de um registo num formulário e concordar em receber informação dessa entidade. O célebre Permission Email Marketing.

Se pensa que com bases de dados empresariais estaria confortável, desengane-se porque até a maioria dos diversos sistema de envio de emails massivos de permissão como o Mailchimp, ExactTarget, Aweber e muitos outros, nem sequer permitem emails de empresas como geral@nomedaempresa.com ou info@nomedaempresa.com porque sabem que não interessa tanto a legalidade da situação, mas sim o que os receptores vão considerar quando recebem essas mensagens.

Resumindo…

…quando se faz as contas conforme fiz inicialmente, deve se contabilizar não apenas o custo imediato, mas também o que pode suceder a médio e não muito longo prazo. Se fizermos as contas de novo, penso que a fórmula seria algo deste género:

1. Para quem quer COMPRAR uma BD e efectuar os seus próprios envios:
(custo de adquirir a BD) + (custo do sistema/software) + (custo da penalização dos ISP’s) + (custo de penalização de estarem a bloquear inclusive os teus emails profissionais regulares) + (custo de penalização do domínio do teu site) + (custo de penalização no posicionamento dos motores de busca) + (custo de ver o teu site bloqueado por um browser) + (custo da péssima imagem)… bem, a lista continuaria, mas penso que dá para ter uma ideia.

2. Para quem quer ALUGAR uma BD e deixar que façam os seus envios, sem ter conhecimento de como foi angariada:
(custo de alugar a BD) + (custo do envio) + (custo da penalização dos ISP’s) + (custo de penalização de estarem a bloquear inclusive os teus emails profissionais regulares) + (custo de penalização do domínio do teu site) + (custo de penalização no posicionamento dos motores de busca) + (custo de ver o teu site bloqueado por um browser) + (custo da péssima imagem)… bem, a lista parece quase igual, porque na verdade, é!

3. Para quem quer ALUGAR uma BD e deixar que façam os seus envios, assegurando-se de que a forma de angariação foi com permissão prévia e que fazem as melhores práticas do meio:
(custo de alugar a BD) + (custo do envio) … bem, a lista não parece igual, porque na verdade, não é!

É como diz o ditado. O que é barato, por vezes sai caro! Ui, parece cliché, porque na verdade é mesmo. Mas tão certo como sempre.

Depois de todo este discurso é mais do que evidente que toquei em muitos pontos nevrálgicos, logo é importante a troca de ideias e de pontos de vista. Se tens opiniões contrárias ou até concordas com o que foi dito, faz questão de te expressares para que todos beneficiemos da discussão e troca de ideias. Só assim podemos crescer e fazer evoluir o mercado.

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